sábado, 14 de agosto de 2010

Os Sete Saberes da Educação do Futuro

O livro “Os setes saberes necessários a educação do futuro” aborda temas essenciais para a educação contemporânea, que algumas vezes são ignorados ou deixados à margem dos debates sobre a política educacional. A perspectiva da leitura dos Saberes de Edgar Morin enfoca as práticas pedagógicas da atualidade, visando nortear a importância da educação no contexto atual de acordo com os desafios propostos pela atual conjuntura.

Para o autor há sete saberes fundamentais que a educação do futuro deveria abordar em toda sociedade e em toda cultura, segundo os modelos e regras peculiares a cada sociedade e a cada cultura.

Os setes saberes necessários são: as cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão; os princípios do conhecimento pertinente; ensinar a condição humana; ensinar a identidade terrena; enfrentar as incertezas; ensinar a compreensão; a ética do gênero humano.

A evolução do conhecimento científico propiciou a compreensão das certezas, e ao mesmo tempo nos revelou muitas incertezas. Portanto, é essencial que a estrutura educacional, muito mais que acumular conhecimento, ensine o aluno a raciocinar, desenvolver a criatividade, imaginação e o espírito de iniciativa, e consiga entusiasmar o aluno para a aquisição do conhecimento, inserido na conjuntura atual e desafiadora do mundo contemporâneo. Pois é através da reflexão dos tempos atuais que o aluno pode vir a transcender determinados limites, penetrar nas lacunas das certezas e incertezas do conhecimento.Segundo o autor a resposta para tais conflitos humanos e educacionais é a universalização da cidadania, ou seja, o aluno-cidadão precisa aprender a situar-se no seu contexto, de modo crítico e participativo, para não se prestar a manipulações ideológicas dos tempos modernos.

A educação do futuro deverá comprometer-se com a ética da compreensão planetária, engajar-se na escala da humanidade planetária, na obra essencial da vida, que é resistir à morte. Civilizar e solidarizar a Terra, transformar a espécie humana em verdadeira humanidade, sendo a concepção de tal educação não somente o progresso, mas a essência e realização da concepção humana em todos os aspectos.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mídias na Educação

Atualmente não podemos pensar em uma sociedade em que recursos informatizados não estejam presentes no cotidiano das pessoas, de sua influência sobre as mesmas e da necessidade de dominar essas tecnologias, “o mundo moderno exigirá cada vez mais que as pessoas saibam lidar com computadores se quiserem estar integradas com o mundo em que vivem”, como disse Moreira, 1977: p.11.


O uso das diversas mídias na escola só faz sentido na medida em que o professor as ver como ferramenta de auxílio e motivadora à sua prática pedagógica, instrumentos inovadores que proporcionam resultados positivos na avaliação de seus alunos e de seu trabalho.

Sou professora da SEEDF há 20 anos, já atuei com séries iniciais, com séries finais do Ensino Fundamental, já estive Diretora, Vice - diretora e até coordenadora do Laboratório de Informática da escola em que estou lotada.

Encanto-me muito com a perspectiva de integrar as mídias na educação. Durante aproximadamente três anos, o meu trabalho, acreditava ser dinâmico, pois, assumia personagens, contava histórias, criava atividades usando programas como Excel, Clic 3.0 e outros.

As atividades, que tem como princípio básico o Projeto Educativo da Escola com o tema Meio Ambiente, com início no 1° bimestre, eram desenvolvidas semanalmente no laboratório de informática, iniciando sempre com uma contação de história pela personagem Vovó Lucinda, como incentivação para o desenvolvimento da atividade.

Desenvolvemos atividade interdisciplinar utilizando o Tangram, em que a Vovó Lucinda conta história geométrica observando as formas dos diversos objetos existentes na sala de aula, os alunos utilizando o Paint reproduzem as figuras geométricas assimiladas durante observação do ambiente, identificando-as com seus nomes, colorindo-as com cores primárias e construção coletiva, no editor de texto, de relatório observando vocábulos novos.

A Vovó Lucinda, com o advento das olimpíadas, trouxe a história das Olimpíadas desde a antiguidade até a era moderna, sua origem, causas que levaram á extinção durante muito tempo, o que a trouxe de volta? Objetivos principais, a criação das mascotes, as modalidades esportivas, Medalha de honra ao mérito esportista. Criação das mascotes da Escola no Paint, identificação dos esportes em relação aos elementos da natureza (terra, água, ar e fogo), jogos no Clic 3.0 (programa Espanhol em que podemos criar quebra-cabeça, cruzadinhas, associações, textos).

Essa atividade tinha como objetivo: - Despertar no aluno habilidades e competências esportivas em que o espírito competitivo seja respeitoso e siga o princípio de que “o importante é competir”.

A Turma do Sítio do Pica-pau Amarelo trouxe os personagens folclóricos, lendas, parlendas, adivinhações, trava-língua, brincadeiras, cantigas de roda, frases de pára-choque de caminhão.

Finalmente, o desenvolvimento de atividades para o resgate dos Valores que estão adormecidos e devem ser aflorados, histórias com personagens dos contos de fadas que reforçam a necessidade de demonstrar no nosso comportamento bons hábitos e atitudes em relação ao nosso próximo. Nesse trabalho o aluno aprende a se auto avaliar.

Hoje atuo com turma de 4ª série, vamos ao laboratório duas vezes por semana, com uma atividade bem diferente. O governo local adquiriu projetos, os quais estão sendo aplicados conforme orientações recebidas do autor do programa.



Atividades em Laboratório de informática utilizando Excel. 
Vovó Lucinda se preparando para atuar como motivação de aula de geometria no laboratório de informática.

Mídia e Educação

Formação do Professor

Video Tecnologia Digital na Educação

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

TIC's na Educação e a Prática Pedagógica

Reflexão sobre as TIC’s na Educação e a Prática Pedagógica

As “Novas Tecnologias usadas na Educação” – que já estão ficando velhas!
Com o advento da modernização das escolas públicas e privadas, a disponibilização ao acesso às diversas mídias integradas ao processo de ensino e aprendizagem, o educador deverá saber como utilizar correta e pedagogicamente as mídias, tal situação que implica novas aprendizagens e mudanças em sua prática pedagógica.
O momento requer uma nova forma de pensar e agir para lidar com a rapidez e abrangência de informações e com o dinamismo do conhecimento. Evidencia-se uma nova organização de tempo e espaço e uma grande diversidade de situações que exigem um posicionamento crítico e reflexivo do indivíduo para fazer suas escolhas e definir suas prioridades. Além disso, há o elemento inusitado que nos deparamos nas várias situações do cotidiano, demandando o desenvolvimento de estratégias criativas e de novas aprendizagens.
Este cenário começou a sofrer modificações a partir do momento da chegada de computadores, internet, televisor, vídeo - DVD, projetor, retroprojetor, câmera, filmadora e outros recursos tecnológicos nas escolas. Novas propostas pedagógicas foram surgindo e sendo disseminadas, destacando novas metodologias de orientação à aprendizagem, por meio do trabalho com projeto pedagógico enfocando a interdisciplinaridade, proporciona um aprendizado contextualizado do aluno e a construção do conhecimento.
Embora, a tecnologia seja um elemento cultural bastante expressivo, ela necessita ser amplamente compreendida em relação às implicações da sua utilização no processo de ensino e aprendizagem. Esta compreensão é que consentirá ao professor integrá-la à prática pedagógica. Porém, essa integração é pensada de forma equivocada e a tecnologia acaba sendo incorporada por meio de uma disciplina direcionada apenas para instrumentalizar sua utilização, ou ainda, agregada a um componente curricular. Diferentemente desta perspectiva, ressaltamos a importância da tecnologia ser incorporada à sala de aula, à escola, à vida e à sociedade tendo em vista a construção de uma cidadania democrática, participativa e responsável.
Esta perspectiva de articulação de saberes exige do professor uma nova postura, um comprometimento e um desejo pela busca, pelo aprender a aprender e pelo desenvolvimento de competências e habilidades, as quais poderão favorecer a reformulação da sua prática pedagógica. A formação do professor, portanto, envolve muito mais do que provê-lo com conhecimento técnico sobre computadores. Ela deve criar condições para que ele possa construir conhecimento sobre os aspectos computacionais, compreender as perspectivas educacionais subjacentes às diferentes aplicações do computador, e entender por que e como integrar o computador na sua prática pedagógica. No entanto, não podemos nos esquecer que o professor foi preparado para ensinar, sob as diretrizes do paradigma da sociedade industrial, em que os princípios educacionais eram pautados na reprodução e na segmentação do conhecimento. Portanto, não basta que o professor tenha apenas acesso às propostas e às concepções educacionais inovadoras condizentes com a sociedade do conhecimento e da tecnologia. É necessário oportunizar este profissional a ressignificar e a reconstruir sua prática pedagógica voltada para a articulação das áreas de conhecimento e da tecnologia.

Referências bibliográficas
PRADO, M. E. B. B. Articulando saberes e transformando a prática. Boletim do Salto para o Futuro. Série Tecnologia e Currículo, TV‐ESCOLA‐SEED‐MEC, 2001. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2001/tcur/tcurtxt5.htm. Acesso em 20 out 2009.

VALENTE, J. A. O papel do computador no processo ensino‐aprendizagem. Boletim do Salto para o Futuro. Série Pedagogia de Projetos e integração de mídias, TV‐ESCOLASEED‐ MEC, 2003. Disponível em: http://www.tvebrasil.com.br/salto/boletins2003/ppm/tetxt3.htm. Acesso em: 20 out 2009.
PRADO, M. E. B.B. Integração de mídias e a reconstrução da prática pedagógica. Disponível em: http://eproinfo.mec.gov.br/upload/ReposProf/Tur0000117259/img_upload/PIM_integracao_tecnologias_midias_digitais.pdf